quinta-feira, 20 de agosto de 2015

As Margaridas 2015

Com o lema: “As Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade”, será realizado, nesta terça-feira (11), em Brasília, o Lançamento da Marcha das Margaridas 2015. O ato faz parte da programação da Conferência sobre Mulheres Rurais da América Latina e Caribe no Ano Internacional da Agricultura Familiar.
Para a diretora de Políticas para Mulheres Rurais do MDA, Karla Hora, o  lançamento  é importante e simbólico, pois sempre traz novas demandas e propõe o monitoramento das políticas públicas em andamento. “A marcha é o momento de afirmação da importância do papel das mulheres na agricultura familiar, na produção de alimentos e na segurança alimentar”, afirma.

A expectativa é de que, em 2015, mais 100 mil mulheres participem da mobilização prevista parra ocorrer nos dias 11 e 12 de agosto. “ É um momento importante de empoderamento das mulheres e de suas próprias demandas. É um momento de visibilidade importante e adquiriu reconhecimento ao incidir nas políticas, mobilizar as mulheres e fortalecer a autoestima delas”, explica a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Lunas.

Homenagem

A Marcha das Margaridas é considerada a maior mobilização de mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta do Brasil e leva esse nome em homenagem à líder sindical Margarida Maria Alves, que lutou contra a exploração no campo e pelos direitos dos trabalhadores, combateu o analfabetismo e defendeu a reforma agrária. Em 1983 Margarida foi assassinada por usineiros da Paraíba.
Serviço
Ato de Lançamento Marcha das Margaridas 2015
Data: 11 de novembro (terça-feira)
Hora: 19 h
Local: Centro de Treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) - Luziânia


por: Talita Viana
Ascom MDA


quarta-feira, 20 de maio de 2015

A mulher representa no Rio Grande do Sul


A mulher representa no Rio Grande do Sul 51,33% da população, e mesmo sendo maioria, a desigualdade entre os sexos continua evidente, principalmente nos índices de violência contra a mulher. Ao completar um ano de existência, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), no mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher (08), lança a campanha RS Lilás, com a proposta de impulsionar a autonomia da mulher gaúcha e proporcionar qualidade de vida a partir de serviços especializados que vem evidenciando os crimes contra a mulher no Estado. 

O Escuta e o RS Lilás são serviços que ampliam a visibilidade da realidade das mulheres. O Escuta Lilás é uma central que acolhe cidadãs em situação de violência, e pode ser acessado pelo telefone gratuito 0800.541.0803 junto ao Centro de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado (CRM). Em 2010, o total de atendimentos realizados pelo Escuta Lilás foi de 230. De janeiro a dezembro do ano passado, foram 838 atendimentos por telefone e 367 atendimentos presenciais. 
A campanha RS Lilás engloba serviços e políticas públicas desenvolvidos de forma transversal pelo Comitê Gestor de Políticas de Gênero do RS e acontece em três fases. A primeira é o lançamento, com a frase SPM: no dia 8 de março, vamos colorir o Rio Grande de Lilás, que propõe a mobilização das redes sociais para a conscientização da importância da participação da mulher no desenvolvimento do Estado. A segunda fase compreende a sustentação do programa, de março a 25 de novembro, Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher, e divulgará ações e resultados de programas sobre a realidade da mulher gaúcha. E, no Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, a SPM divulga o balanço geral da secretaria. 

O Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff) deve ser iluminado com a cor lilás, e o Governo do Estado também irá homenagear as mulheres, colocando faixas no Palácio Piratini. 

Cimento e Batom 
Uma casa por fazer e tijolos empilhados no pátio, foi o que motivou Magda Gonçalves de Azevedo, a fazer o curso de pedreira para construir, ao lado do marido, a sua casa. O trabalho na construção civil começou a partir do curso oferecido e o objetivo era construir a minha casa, mas surgiu a entrevista de emprego e a construtora abriu oportunidade para as mulheres. Já estou aqui há mais de um ano, ressalta Magda, ao avaliar como ótima a criação da SPM, já que muitas mulheres podem voltar a sonhar com a oportunidade de qualificação e emprego. Não fiz o curso antes porque não tinha, só havia o preconceito. Hoje lugar de mulher não é só atrás do fogão. 

A satisfação de Magda surgiu a partir do projeto Cimento e Batom parte do programa Mulheres Construindo Autonomia RS, coordenado pela SPM dentro do programa de Erradicação da Pobreza Extrema RS Mais Igual. O programa visa capacitar mulheres para o mundo do trabalho, com foco na construção civil, sendo realizado em conjunto com a ONG Mulheres em Construção, entidades civis, e parceiros empresariais. 

Ivone Elisabeth da Silva Garcia tem 56 anos, trabalhou 21 anos como auxiliar de enfermagem e há sete meses atua na construção civil. Fiquei desempregada e só consegui emprego depois do curso de eletricista. Por causa da idade, achei que não ia mais trabalhar, mas ganhei uma oportunidade, uma nova esperança de vida. Tenho muito que comemorar, estou trabalhando de novo e com carteira assinada. 

A coordenadora da ONG Mulheres em Construção, Bia Kern, diz que a política pública precisa de inicio, meio e fim, ressaltando que o fim está no trabalho desenvolvido pelas mulheres na construção civil. As empresas precisam de mão de obra qualificada, o terceiro setor faz o monitoramento destas mulheres, onde elas estão e como estão trabalhando, e o Governo auxilia com os programas, colaborando e abrindo esta frente, que é a construção da autonomia da mulher. 

Capacitação da mulher apenada e Mulheres Mil 
O curso tratadoras de cavalos capacita apenadas do sistema prisional dos regimes fechado, semiaberto e aberto. Além de preparar para o tratamento de cavalos, função com alta empregabilidade, o curso também permite que as apenadas retomem sua escolarização, já que em poucas aulas muitas já saem da condição de analfabetas. No Estado o município de Alegrete foi o primeiro a receber o programa, que forma no dia 10 às 19h, no DTG Estradeiros, a primeira turma de apenadas. 

O RS foi o primeiro Estado a propor a adesão ao programa Mulheres Mil, que tem impacto nos índices da igualdade de gênero no trabalho para as apenadas, pescadoras e assentadas, desenvolvido em parceria com os Institutos Federais de Educação Profissional e Tecnológica (IFETs), ligados ao MEC. Prevendo elevar a educação profissional e tecnológica das mulheres do campo e da cidade, o programa qualificará principalmente as mulheres em situação de violência, atendidas pelo Bolsa Família e chefes de família. O programa começa no dia 10, com aula inaugural em Alegrete, e atende os municípios de São Borja, Uruguaiana, Maçambará, Manoel Viana, Passo Novo e Itaqui. 

Programa Pró-equidade 
O Programa Pró-equidade de Gênero e Raça promove a igualdade de oportunidades baseado no desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional. Contribui para a eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego. O projeto do Estado para concorrer ao selo pró-equidade será apresentado no dia 15, às 16h, no Caff. 

Programação: 
- Até o dia 9, acontece no auditório do Ministério Público, o Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública. Palestras e debates voltados ao protagonismo social das mulheres, fazem parte da programação, assim como exposição de fotos de servidoras da policia civil e militar, organizada pela primeira-dama. 

- Nesta quarta-feira (8), o twitaço a partir da hashtag #rslilas deve mobilizar a rede social para a importância do debate a favor do enfrentamento a violência. A Secretaria de Saúde divulga nas redes sociais um vídeo com depoimentos para a prevenção das DST/Aids. O Detran realizará campanha virtual a partir do twitter e facebook, possibilitando a participação das mulheres nestas peças. 

- Dia 15, às 16h, no Caff, com a presença do governador Tarso Genro, das secretárias de Administração e das Mulheres, Stela Farias e Márcia Santana, do secretário chefe de gabinete, Vinícius Wu, ocorre a solenidade de apresentação do selo Pró-equidade de gênero e raça. Às 17h, no auditório é possível prestigiar o espetáculo teatral Dona Gorda. 

Texto: Daiane Roldão da Silva
Foto: Cláudio Fachel

fonte: http://www.rs.gov.br/conteudo/41260/governo-do-estado-lanca-campanha-rs-lilas-com-servicos-para-as-mulheres/termosbusca=*

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Piada de professor sobre leis e mulheres gera polêmica entre estudantes da PUCRS



 Piada de professor sobre leis e mulheres gera polêmica entre estudantes da PUCRS
Universidade disse que irá tomar "medidas cabíveis" sobre o caso por Bruna Vargas Atualizada em 24/04/2015 | 20h16

Uma brincadeira de gosto duvidoso em uma aula da PUCRS, em Porto Alegre, desencadeou uma polêmica entre estudantes, professor e universidade na última quarta-feira. 

Segundo depoimento de alunos, tudo começou quando Fábio Melo de Azambuja, que ministra a cadeira de Direito Empresarial III, teria pedido licença para "contar uma piada" durante a aula. 

— Ele perguntou se podia e ninguém contestou. Aí ele disse: as leis são como as mulheres, foram feitas para serem violadas — relata o estudante Luan Sanchotene, 25 anos. 

Impressionado com a reação dos colegas — muitos riram da comparação, segundo Luan — diante de uma declaração que "incitava a violência" contra as mulheres (que seriam maioria na turma), o aluno resolveu compartilhar a frase em sua página do Facebook. A repercussão foi imediata.
— Me surpreendeu positivamente o fato de as pessoas se preocuparem com isso. Algumas pessoas ficaram constrangidas, mas, na hora, ninguém vai bater de frente com o professor, correndo o risco de ter algum prejuízo — ponderou. 

Até o fim da tarde de quinta-feira, a publicação tinha 80 compartilhamentos na rede social, além de dezenas de comentários — contra e a favor do professor, que seria conhecido por suas brincadeiras em sala de aula. O episódio motivou uma reunião de estudantes com a diretoria da universidade. Integrante do DCE da PUCRS, Paula Volkart considerou a ocorrência "grave". Ela disse que deve ser aberta uma sindicância para apurar os fatos.
— Foi um ato de misoginia e machismo, uma apologia ao estupro dentro da sala de aula, e o DCE mantém uma posição que é contra as opressões. Depois disso, outras pessoas vieram até nós e relataram casos que aconteceram com o mesmo professor. Sabemos que é muito difícil que ele seja afastado, mas é importante que a PUC se posicione em relação a isso — avaliou.

Na manhã de sexta-feira, a aluna Júlia Scheirr, do 7º semestre de Direito, que organizava um ato em desagravo ao professor, marcado para a manhã desta sexta-feira, disse que estava na aula e as queixas tiraram o comentário do contexto. 

— Não estamos defendendo a piada, longe disso, que foi infeliz. Sou mulher, achei a brincadeira infame, mas foi uma brincadeira. Estamos em defesa do professor, que é maravilhoso e querido por todos. Quando ele disse aquilo, ninguém se manifestou. Se a pessoa se ofendeu, poderia ter dito no ato, em vez de postar nas redes sociais. Pessoas que não estavam na aula retiraram a frase do contexto — afirmou.

A universidade, em nota, disse que "os fatos já estão sendo averiguados pela Faculdade de Direito, que irá ouvir o professor e, conforme as informações coletadas, tomar as medidas cabíveis para o caso. A PUCRS e a Faculdade de Direito não compactuam com qualquer manifestação ofensiva".

Zero Hora só conseguiu falar com o professor Azambuja na noite desta sexta-feira. Ele disse que "o assunto já está encerrado na faculdade" e não quis comentar o caso. 

*ZERO HORA

fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/04/piada-de-professor-sobre-leis-e-mulheres-gera-polemica-entre-estudantes-da-pucrs-4746132.html

Jovem que combateu o machismo fazendo a careta do dentinho







Estudante contando a história no Facebook já recebeu 18 mil curtidas e teve milhares de compartilhamentos



No decorrer da História, não foram poucas as mulheres que lutaram contra o machismo. E isso foi feito das mais diversas formas, cada uma ajudando a luta feminista a dar um passo à frente. Na última sexta-feira, a mineira Débora Adorno encontrou uma maneira inédita de constranger homens que a intimidavam com cantadas e olhares: a careta do dentinho.

Publicação by Débora Adorno.

A careta do dentinho consiste em dobrar o lábio superior para dentro da boca, de forma que a arcada dentária fique exposta constantemente – algo entre o ridículo e o constrangedor. Em um post no seu perfil no Facebook – que já tem mais de 18 mil curtidas, 2,6 mil compartilhamentos e virou notícia no BuzzFeed – Débora conta que, "de um segundo pro outro, eu parei de receber cantada, tipo, NENHUM CARA MAIS MEXEU COMIGO! Os caras olhavam e rapidamente desviavam o olhar". "Nessa hora choveu um arco-íris dentro de mim", ela resume.

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– Foi coisa de momento, mesmo. Nós, mulheres, acabamos tendo que nos "acostumar" com essa situação. No Brasil e em muitos outros países existe essa cultura machista muito forte, que dita que cantadas de rua são inofensivas, apenas elogios. Assim, os homens se sentem no direito de nos abordar. O que me motivou a escrever o post foi o sentimento que tive de estar empoderada, de estar ativamente lutando e "vencendo" a cultura machista – conta a estudante de Administração Pública, 22 anos, em entrevista a ZH via Facebook.

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Tudo rolou na sexta-feira, mas a história ganhou fama nesta terça-feira, quando o portal BuzzFeed reproduziu o post de Débora. Desde lá, a estudante diz que seu perfil no Facebook "ficou maluco". Segundo ela, praticamente todas as mensagens são de parabéns e agradecimento.

– Mas tem também muitos homens que parece não terem entendido nada do texto, já que puxam conversa comigo justamente para me passar cantadas! – diz.

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Por ser divertido e ter sido escrito de uma maneira engraçada, o post não foi entendido por muitas pessoas, garante Débora. Ela diz que muitos viram o texto como uma piada atacando pessoas com deficiência física – já que em determinado momento, ela escreve que "os caras olhavam e rapidamente desviava o olhar, provavelmente pensando que eu tinha alguma deformação ou doença" – algo que nunca foi sua intenção.

– Jamais quis ridicularizar ou ofender essas pessoas. Se o fiz, peço imensas desculpas. O objetivo principal do relato foi criticar a cultura machista das cantadas de rua e relatar a maneira que encontrei de me defender dos assédios _ diz a jovem.

Desde sexta-feira, Débora saiu pouco de casa. É provável que as cantadas e os assédios não tenham sido os últimos. Caso ocorra de novo, ela diz que pretende continuar utilizando a técnica. Mas lamenta que a forma que achou para se afastar das aproximações indesejadas envolva modificar sua aparência, e não a cultura machista:

– O fato de eu ter conseguido constranger os homens e assim evitar cantadas foi conquistado a partir do fato de que eu tive que moldar minha aparência para uma aparência que não fosse o padrão machista de beleza. Isso é complicado, porque não somos nós, mulheres, que devemos nos moldar para que não sejamos atacadas. Isso passa um pouco a idéia de culpabilização da vítima, que seria algo como "ah, se a garota não fez a careta do dentinho, ela estava querendo receber cantadas".

fonte: ZERO HORA Porto Alegre - RS

sábado, 28 de março de 2015

MAIS PROTEÇÃO PARA A MULHER BRASILEIRA



Foram estabelecidas, por meio de portaria interministerial assinada nesta semana, novas diretrizes para atendimento integrado a mulheres vítimas de violência sexual. Com a medida, as mulheres não precisarão mais ir ao IML caso queiram denunciar o crime. Exames feitos nos hospitais do SUS bastarão para o processo.
"O que nós queremos é agilidade nas respostas para as mulheres e não deixar que elas morram por falta de atendimento," disse a ministra da SPMulheres, Eleonora Menicucci. "A mulher já foi violentada, agredida, com dor, e ela se submete ao exame nos hospitais, e depois ainda tem que repetir os exames no IML." destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Gleisi se encontra com Dilma e defende paridade entre homens e mulheres no parlamento

 
 
 
 
PT Paraná A senadora Gleisi Hoffmann participou na última quarta-feira (25) de um encontro com a presidenta Dilma Rousseff e com a bancada feminina no Congresso em defesa de medidas que assegurem mais vagas para mulheres no Poder Legislativo.
Na Câmara, dos 513 deputados, 51 são mulheres e no Senado, há 13 senadoras dentre os 81 parlamentares.
“Para tentar equalizar a participação, apresentei projeto que propõe que 50% das cadeiras na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas Estaduais, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas Câmaras Municipais sejam ocupadas por mulheres”, publicou Gleisi em uma rede social.
Entre as presentes estava a deputada federal Christiane Yared (PTN-PR).
Clique aqui para acessar o PLS 295/2011.
FONTE: http://www.pt-pr.org.br/noticias/45/14138/gleisi-se-encontra-com-dilma-e-defende-paridade-entre-homens-e-mulheres-no-parlamento