Em 11 de março do corrente ano, os companheiros e companheiras da VIA CAMPESINA, MST, MAB e LEVANTE DA JUVENTUDE, realizaram caminhadas pelas ruas de PORTO ALEGRE, RS, onde fizeram tremular suas bandeiras.
Percorrendo à Avenida Farrapos, Mauá, Loureiro da Silva, onde se pode contemplar a força, raça, coragem e disposição.
É necessário destacar aqui a presença das mulheres que mais uma vez em nada deixaram a desejar.
Posteriormente um grupo dirigiu-se para o CENTRO ADMINISTRATIVO FERNANDO FERRARI (CAFF), outro para a COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB) e Sede Administrativa da COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA (CEEE).
A jornada foi encerrada com retorno para a Sede do INCRA, com reunião onde foi tratado sobre as atividades do dia 12 de março.
Mais uma vez um exemplo de organização pode ser visto nesta atividade, pois não ocorreram incidentes e nenhum tipo de reclamação de qualquer órgão presente durante as atividades.
"PÁTRIA LIVRE....VENCEREMOS!!!
Nesta manhã ocorreu o encontro das Mulheres da Cidade, Movimento de Mulheres Camponesas, Movimento dos Trabalhadores/as Desempregados/as, Movimento dos Atingidos pelas Barragens, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento dos Pequenos Agricultores, Marcha Mundial de Mulheres, Levante Popular da Juventude, Coletivo de Mulheres Matalúrgicas, CPERS-Sindicato, Sindicato dos Servidores Públicos do RS.
Cerca de vinte e dois ônibus chegaram de diversas cidades do Estado para participarem deste encontro.
Segue abaixo alguns itens da Pauta da Articulação das Mulheres do Campo e da Cidade/2015, bem como a cobertura fotográfica.
1. Retorno da Secretaria de Políticas para as Mulheres;
2.Garantias de continuidade com ações de combate e enfrentamento a violência doméstica e sexista praticada contra as mulheres do campo e da cidade;
3. Fiscalização do Estado para punição de empresas que ainda permitem e praticam a desigualdade no ambiente de trabalho;
4. Punição de Agressores, que praticam assédio moral e sexual;
5. Ampliação da Licença Maternidade para 180 dias;
6. Valorização da Educação Pública de Qualidade;
7. Cumprimento da Lei do Piso Nacional para o Magistério Estadual;
8. Implantação de Escolas de Educação Infantil de qualidade, no meio rural e periferias urbanas;
9. Garantia de um IPE Público e de Qualidade;
10. Continuidade na Ampliação do Programa Camponês no RS;
11. Garantia de diálogo para a construção de um Novo Marco Legal para quem produz alimentos saudáveis, agroecológicos;
12. Combate ao uso de agrotóxicos com cumprimento da Legislação estadual existente, aprovação dos Projetos de Lei que tramitam na Assembleia Legislativa.
Dia 8 de março, dia Internacional da Mulher, ficou marcado pela presença maciça das mulheres levantando várias bandeiras, dentre elas tratou-se sobre: Agressões sofrida, Assédio, Direito ao aborto, IGUALDADE x IGUALDADE.
DIVERSAS BANDEIRAS FORAM LEVANTADAS NESTE DIA MARCANTE
PALESTRAS/DEBATES EM DEFESA DAS MULHERES
PREPARAÇÃO PARA A CAMINHADA PELAS RUAS DA CIDADE BAIXA
Parlamentares do PT na Câmara enaltecem luta das mulheres por direitos, respeito e igualdade
Diversos parlamentares da bancada do
Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados prestaram homenagem às
mulheres pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado neste domingo
(8).
O deputado João Daniel (PT-SE) saudou
especialmente as mulheres do campo. “Parabenizo todas as mulheres, em
especial as mulheres trabalhadoras do meio rural, as mulheres da via
campesina, dos movimentos, que lutam e têm uma pauta nacional
importante. O nosso mandato tem a obrigação e dará todo apoio a uma
longa pauta”, disse.
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG)
lembrou que, apesar dos avanços, as mulheres continuam lutando para não
serem vítimas da violência.
“Mas precisamos reconhecer que muitos
avanços aconteceram, e cada vez mais as mulheres ocupam lugares de
destaque em nossa sociedade, mas ainda há muito que se conquistar em
termos de representatividade nos parlamentos. Parabéns a todas as
mulheres, sobretudo às nossas trabalhadoras. Nosso agradecimento a todas
as guerreiras”, declarou Monteiro.
A deputada Moema Gramacho (PT-BA) parabenizou as mulheres e, também, os “homens que acreditam nas mulheres”.
O deputado Givaldo Vieira (PT-ES)
ressaltou que a data remete à luta que as mulheres travam há décadas por
seus direitos e por igualdade de oportunidades entre os gêneros.
“Temos um Governo Federal que se
preocupa com os direitos das mulheres, das trabalhadoras, das oprimidas,
das que necessitam de apoio do poder público. Em continuidade ao que
foi feito no Governo Lula, a administração de Dilma destina políticas
sociais, inclusive com um ministério, para oferecer mais dignidade às
brasileiras”, afirmou Givaldo.
“Precisamos continuar avançando na
conquista de espaços ocupados pelas mulheres. A paridade de gêneros
ainda não alcançou o legislativo nem os órgãos públicos do Estado
brasileiro e isso precisa ser superado”, registrou o deputado Paulo
Teixeira (PT-SP).
Para o deputado Assis Carvalho (PT-PI),
as conquistas das mulheres são uma resposta às lutas travadas por
diferentes gerações ao longo da história.
“É fundamental o papel das mulheres para
o sucesso definitivo de programas sociais que são a marca do nosso
governo, como o Bolsa Família. Dar às mulheres as condições para a
melhoria da autoestima é proporcionar oportunidade para que construam
uma vida de realizações”, avalia o deputado.
“Neste mês em que é comemorado o Dia
Internacional da Mulher, devemos nos esforçar para educar a sociedade a
lutar pela igualdade de gênero e combater todo e qualquer tipo de
violência contra as mulheres: física, psicológica, patrimonial, sexual
ou econômica”, disse o deputado Zeca do PT (PT-MS).
Zeca também mencionou a inauguração da
primeira Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande (MS). A instituição
conta com todos os serviços especializados para atender a mulher vítima
de violência, como delegacia, juizado, defensoria, promotoria, equipes
psicossocial e de orientação para emprego e renda.
“Um grande Dia Internacional da Mulher para as nossas companheiras”, desejou o deputado Valmir Assunção (PT-BA).
O deputado Caetano (PT-BA) também
homenageou as mulheres. “Parabenizo as mulheres pelo Dia das Mulheres. E
parabenizo as mulheres parlamentares desta Casa”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara
Ato unificado celebra Dia Internacional da Mulher em Aracaju
Cerca de 600 mulheres de diversas organizações do campo e da cidade participaram da mobilização.
Da Página do MST
Nesta segunda-feira (9), cerca de 600 mulheres do MST, Movimento dos
Trabalhadores Urbanos (MOTU), Movimento Camponês Popular (MCP) Síntese,
Casa das Domésticas e Marcha Mundial de Mulheres saíram as ruas da
capital aracajuana, em Sergipe, em comemoração ao dia internacional das
mulheres.
A concentração ocorreu na praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju,
onde aconteceu um ato político com falas de representantes das
organizações presentes. Na sequência as mulheres saíram em marcha pelas
ruas da capital com muita música, palavras de ordem e intervenções.
A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas 2015, que este ano traz o lema Mulheres em Luta: pela soberania alimentar, contra a violência e o agronegócio.
Logo na primeira parada em frente à Câmara Municipal, as manifestantes
cobraram mais compromisso por parte dos vereadores e do prefeito, ao
exigirem ações que levem em consideração o aumento da violência contra a
mulher no estado, a construção de creches integradas e o aumento de
vagas para que possam deixar seus filhos enquanto vão para o trabalho.
De acordo com Gislene dos Santos, da coordenação nacional do MST, esse é
um momento de unificação das lutas do campo e da cidade.
“Temos que dialogar com a sociedade para que se tenha uma melhor
compreensão sobre a importância da Reforma Agrária Popular, além de
denunciar o aumento extensivo do uso dos agrotóxicos por parte do
agronegócio”, acredita.
À tarde as mulheres se deslocaram à sede da superintendência do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Sergipe,
onde entregaram uma pauta de reivindicações, como a questão do Fomento
Mulher, uma antiga discussão nacional que ainda não foi resolvida.
Mais de 15 mil mulheres realizam ações em 15 estados do Brasil
As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas, em que denunciam o modelo do agronegócio.
Da Página do MST
Ao longo desta segunda-feira (9), o Brasil amanheceu com diversas
mobilizações das mulheres camponesas. Até o momento, mais de 15.000
mulheres participaram das ações em ao menos 15 estados brasileiros, com
marchas, ocupações e trancamento de rodovias.
As mobilizações aconteceram em SP, BA, Bsb, PB, GO, AL, SE, MT, TO, RN,
CE, ES, PE, PI, PA. Alguns estados, como RS, RJ, SC e MG realizam ações
ao longo desta semana.
As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres
Camponesas, em que denunciam o modelo do agronegócio no campo brasileiro
e propõem a agroecologia como alternativa ao capital estrangeiro na
agricultura.
Bsb
Em Luziânia, entorno de Brasília, cerca de 800 mulheres organizadas
pela Via Campesina ocuparam a multinacional Bunge. Segundo as mulheres, a
Bunge é uma das empresas transnacionais que representa o capital
estrangeiro na agricultura.
BA
Na Bahia, 6.000 pessoas iniciaram nesta segunda uma marcha rumo a
capital Salvador. A marcha saiu de Feira de Santana e percorrerá 116 km.
Outros 150 camponeses do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)
saíram em marcha até a sede do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) na cidade da Vitória da Conquista.
PB
Cerca de 450 mulheres do MST ocuparam na manhã desta segunda-feira
(9) o Engenho da Usina Giasa, no município de Pedra de Fogo, na Paraíba.
No período da tarde, enquanto os homens ajudavam a montar o acampamento
no local, as Sem Terra se juntaram com mulheres de outras organizações e
ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), em João Pessoa. Ao todo, mais de 650 camponesas participam da
ação.
GO
Em Goiás, mais de 1.500 mulheres do MST, Movimento Camponês Popular
(MCP) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf)
ocuparam a Secretaria da Fazenda. No período da tarde, as camponesas
ocupam a sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na
capital. Elas reivindicam a aprovação da Lei de Fortalecimento da
Agricultura Familiar e Camponesa, travada na Casa Civil do estado. A lei
cria um fundo com 0,5% do orçamento anual do governo estadual para
políticas públicas para a agricultura camponesa.
MT
No Mato Grosso, depois de marcharem pelo município de Cáceres na
manhã desta segunda-feira (9), cerca de 300 mulheres do MST ocuparam a
Fazenda Rancho Verde no mesmo município, a 220 km de Cuiabá.
RN
No Rio
Grande do Norte, as mulheres Sem Terra trancaram cinco
rodovias, na região de João Câmara. Cada travamento contou com cerca de
200 camponesas. Na terça-feira (10), elas se somarão a outros
integrantes do Movimento e seguirão para sede do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) para discutir pautas relacionadas
aos assentamentos da região, como a construção de escolas e postos de
saúde.
CE
Em Quixeramobim, no Ceará, cerca de 300 mulheres do MST e da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece)
realizaram uma marcha pelas ruas do município contra o agronegócio e a
violência contra as mulheres. Na sequência, as camponesas ocuparam a
Assembleia Legislativa, onde homenagearam as diversas lutadoras, em
especial, Maria Lima, uma das fundadoras do Movimento no estado. No
período da tarde, elas se reunirão para um curso de formação destinado
somente às mulheres.
ES
No Espírito Santo, cerca de 1.000 mulheres de diversas organizações
do campo realizaram uma marcha pela cidade de Colatina. Durante a ação
as camponesas bloquearam a rodovia ES 259, em direção à capital. Outras
100 famílias ocuparam a Fazenda Nossa Senhora da Conceição, próximo a
Linhares.
PE
Na capital pernambucana, em Recife, mais de 600 mulheres do MST, da
Pastoral da Juventude Rural (PJR), Comissão Pastoral da Terra (CPT),
Levante Popular da Juventude e Marcha Mundial das Mulheres (MMM)
ocuparam a sede do Ministério da Agricultura e a Secretaria de
Agricultura do Estado.
SE
Em Aracaju (SE), cerca de 600 mulheres do MST, Movimento dos
Trabalhadores Urbanos (MOTU), Movimento Camponês Popular (MCP) Síntese,
Casa das Domésticas e Marcha Mundial de Mulheres saíram as ruas da
capital em comemoração ao dia internacional das mulheres.
PI
O balão da BR 316, na cidade de Picos, no Piauí, se converteu numa
grande escola, chamada “escola do asfalto”, organizada pelo Movimento
dos Pequenos Agricultores (MPA) e o Levante Popular da Juventude. O
objetivo foi denunciar o sucateamento das escolas no campo nos últimos
anos, quando foram fechadas mais de 37 mil escolas na zona rural.
TO
No Tocantins, mais de 250 mulheres trancaram a Rodovia Belém Brasília (BR 153), na cidade de Guaraí.
AL
Em Maceió (AL), as mulheres ocuparam desde a noite de domingo (8) a
sede da superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. As camponesas denunciam o modelo devastador de produção
da cana-de-açúcar e a atual intensificação da plantação de eucalipto no
estado.
PA
Na Pará, as Mulheres do MST realizam atividades desde o dia 5 de
março. Na ocasião, as Sem Terra, junto a outros representantes de
movimentos sociais, militantes de partidos de esquerda realizaram um ato
público em apoio à Venezuela e o lançamento do vídeo “Meu Amigo Hugo”,
do diretor de Oliver Stone, que narra a vida do ex-presidente
venezuelano Hugo Chávez, no Cine Olympia, em Belém.
Em Marabá, sudeste do estado, cerca de 300 mulheres do MST realizaram um
encontro de formação entre os dias 6 a 8 de março, sobre a realidade
das mulheres camponesas nas regiões sul e sudeste paraense. No sábado
foi realizada a feira agroecológica numa praça no centro da cidade, com
comercialização de produtos produzidos nos assentamentos e acampamentos
da região. Neste domingo (8), na capital, as camponesas realizaram junto
com outras organizações feministas, uma caminhada pelas ruas contra a
violência, por direitos e pelo plebiscito popular.
SP
Na quinta-feira (5) passada, cerca de 1.000 mulheres do MST ocuparam a
sede da empresa Suzano/Futura Gene, em Itapetininga (SP), com o
objetivo de barrar a votação que liberaria o cultivo de eucalipto
transgênico no Brasil. Paralelamente, outras 300 camponeses ocuparam a
própria Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), onde estava
tendo a reunião que liberaria o eucalipto.
Após duas ações sincronizadas com o objetivo de barrar a votação na
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que liberaria o
cultivo de eucalipto transgênico no Brasil, os movimentos sociais saem
com a sensação de vitória.
Enquanto 1.000 mulheres do MST ocupavam a sede da empresa Suzano/Futura
Gene, em Itapetininga (SP) – onde está sendo desenvolvido os testes com a
nova espécie -, outros 300 camponeses da Via Campesina interromperam a
reunião da CTNBio, em Brasília.
As ações, que aconteceram durante a manhã desta quinta-feira (50), fazem
parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres do Campo.
Para Atiliana Brunetto, da coordenação nacional do MST, trata-se de uma
vitória parcial, já que nos próximo 30 dias a Comissão poderá, a
qualquer momento, convocar uma outra reunião extraordinária para retomar
o assunto.
“O mais importante é que conseguimos levar esse debate à sociedade. Não
fossem essas ações, muito provavelmente o cultivo de eucalipto
transgênico teria sido liberado sem que a sociedade nem se desse conta, e
todo a população pagaria o preço”, disse a Sem Terra.
Outro ponto levantado pelos movimentos sociais é a responsabilidade e a
natureza da CTNBio. Segundo Atiliana, é preocupante a composição da
Comissão, composta por diversos cientistas e acadêmicos com interesses
ligados aos das empresas que desenvolvem esse tipo de tecnologia.
Os movimentos sociais denunciam que o grupo majoritário na CTNBio
acredita que os estudos feitos pelas próprias empresas defendendo os
transgênicos são suficientes, mas esquecem que suas decisões têm graves
consequências políticas, sociais e ambientais.
Prontidão
Segundo Atiliana, mais ações virão por esses dias com a jornada das
mulheres camponesas, com o objetivo de denunciar os males do agronegócio
e apresentando uma alternativa a esse modelo agrícola, com base na
produção agroecológica.
Em relação à votação dos eucaliptos transgênicos, a Sem Terra diz que os
movimentos sociais do campo estão atentos à movimentação da Comissão, e
estão de prontidão para quando for necessário agir novamente.
Eucalipto transgênico
Segundo diversos especialistas da área, uma possível liberação do
cultivo de eucalipto transgênico poderia causar sérios impactos
ambientais e sociais.
Um dos pontos é que grande parte da produção de mel brasileira seria
contaminada pelos eucaliptos transgênicos, uma vez que qualquer mel
produzido em colméias cujas abelhas visitassem flores de eucaliptos
transgênicos também estará contaminado por material transgênico. Assim,
os apicultores não conseguiriam mais produzir mel orgânico ou
agroecológico.
Outra questão é o alto consumo de água. O eucalipto já é uma espécie que
necessita de 30 litros de água por dia, e já provoca seca no norte do
Espírito Santo e sul da Bahia. O transgênico consumiria ainda mais água
durante os primeiros anos de crescimento, já que a colheita da nova
planta para uso industrial seria feita com cinco anos, e não a partir
dos sete, como atualmente ocorre.
Ainda por cima o eucalipto transgênico exige enormes quantidades de
agrotóxicos. Um destes agrotóxicos mais utilizados nas plantações de
eucaliptos é o sulfluramida, fortemente cancerígenos e proibido pela
Convenção de Estocolmo, subscrita pelo Brasil e por mais de 152 países.
Milhares de mulheres da Via Campesina se mobilizarão em todo país para denunciar os males do agronegócio.
Camponesas neste ano traz o lema Mulheres em luta: pela soberania alimentar, contra a violência e o agronegócio.
Com isso, milhares de mulheres dos movimentos sociais que compõem a Via
Campesina se mobilizarão em todo país durante a primeira quinzena de
março para denunciar o capital estrangeiro na agricultura brasileira e
as empresas transnacionais, chamando a atenção da sociedade do modelo
destrutivo do agronegócio para o meio ambiente, a ameaça à soberania
alimentar do país e a vida da população brasileira, afetando de forma
direta a realidade das mulheres.
Ao mesmo tempo, as camponesas apresentarão como alternativa o projeto de
agricultura baseado na agroecologia, e propõe a luta em defesa da
soberania alimentar.
As mulheres afirmam lutar “porque a participação efetiva no processo
político de luta, de mobilização, de formação e de decisão é condição
para a elevação do nível de consciência das mulheres”.
"E, para nós, a luta é uma condição para a vitória. A visibilização é
importante, a participação é necessária, mas o protagonismo é a condição
para mudar a realidade das mulheres. Assumir o comando da luta como
sujeitos políticos cria as condições para que as mulheres construam sua
própria história".
A Jornada Nacional de Luta das Mulheres campesinas também se coloca como
desafio para a divulgação e a construção de formas de viver e produzir,
que contribuam para a soberania alimentar do país e a preservação da
biodiversidade.
E deve se colocar em aliança com as mulheres trabalhadoras da cidade,
para que juntas possam mudar os rumos da história e construir uma
sociedade com novos valores e um mundo sem violência e sem opressão.
"Assumimos o compromisso de lutar incansavelmente contra toda e qualquer
forma de opressão e mercantilização da vida, do corpo e dos bens
naturais".